O jornalista Jeolino Lopes Xavier continua e vai continuar morto, pois morrer é um ato de irreversibilidade total: não tem volta. Triste é o cidadão morrer cada dia depois de sua morte por não ter o crime esclarecido. É o que acontece com Geo Lopes: a cada dia de impunidade ele morre um pouco mais. Sua memória já está praticamente esquecida, seus companheiros tocam suas vidas sem muitas lembranças, até que mais um jornalista venha a ser assassinado. Aí vem o escarcéu, que dura apenas algum tempo, para depois o crime ser esquecido. A impunidade é filha do silêncio e da omissão. Vamos ver se a Associação de Imprensa, que se quer refeita e atuante, vai para cima das cobranças.
Caiu, uel um cassino estabeleceu um jogo com menos de um mês, mais um ministro Temer. Dessa vez, por absoluta ironia, é o ministro da Transparência. Áudios vazados pelo homem da Transpetrodão conta de que ele, Fabiano Silveira, muito transparente, orientou a defesa de Renan e Sérgio Machado na Lava jato, com o fim de prejudicar as investigações. Ele, Fabiano, na época fazia parte da CGU e nas gravações orienta como Renan e Machado poderiam se defender da própria CGU, isso sem falar nas críticas à Polícia Federal.