Nossos repórteres estiveram no local e denunciaram o crime, no último dia 26 de Março de 2012. Apesar da repercussão causada pela matéria e pelas imagens do repórter cinematográfico Cláudio França, nada foi feito. Nenhuma posição foi tomada pelos órgãos que teriam competência para tal. E a Suzano continua jogando os seus dejetos químicos e poluindo as águas do Rio mucuri. Estima-se que uma fábrica de polpa de papel, como a da Suzano, pode produzir tantos detritos como os eliminados no fluxo de esgoto de uma grande cidade (por exemplo, de um milhão de habitantes).
A cassino em caldas novas Suzano, ao eliminar diversas substâncias orgânicas e inorgânicas de várias naturezas nos rios, promove num primeiro momento, um esgotamento do oxigênio dissolvido na água, consequentemente morrem os peixes asfixiados – como vimos. Num segundo momento, com a deterioração do oxigênio há a proliferação de bactérias anaeróbicas (que não usam oxigênio livre). Toda essa mudança biológica pode ser percebida tanto visual como olfativamente. Pois, ao olhar para água vê-se que sua cor está escura, aparência borbulhante, totalmente desagradável. E pelo cheiro, percebem-se odores fétidos devido à liberação de gases produzidos pelos produtos químicos.